segunda-feira, 26 de março de 2012

Um mundo só já não chega, dá-me um espaço!

Vou-te oferecer uma viagem. Não estranhes, e não, não fiquei um amor e muito menos endinheirada. É uma viagem sem custos para nenhum de nós, mais do que isso, uma viagem vantajosa para ambos. Por mim, e se a minha mesada o permitisse, o destino era a lua. Pelo menos lá teria a garantia que estavas bem longe, mais até, que mesmo que quisesses não poderias adiantar o teu regresso apanhando um comboio ou um avião qualquer. Eu conheço-te (e o tanto que isso me aborrece!) e sei bem que gostas de me provar que não sou eu quem controla a tua vida e que as coisas funcionam ao contrário. Portanto, só enviando-te num qualquer foguetão até à lua poderia estar descansada. Estou cansada de ti percebes? Já não há nada que me faça querer ficar onde sei que te vou encontrar, já não há nada que me faça atender o telemóvel quando o teu nome aparece no visor, já não há nada que me prenda a ti. Se eu percebo isso como é que não és capaz de perceber? Ou melhor, porque é que és o único a não querer perceber? Podia-te pedir um tempo de paz, mas tempo é o que mais há entre nós, esta história está velha, gasta, acabada. Eu não quero um tempo, quero um espaço, porque um mundo só já não chega. Quero que entendas de uma vez por todas a dimensão da necessidade de te afastar que há dentro de mim. Já nada do que possas fazer ou dizer me fará olhar-te de forma diferente. Vou-te explicar, da forma mais arrogante mas mais sincera que encontro, para que percebas de uma vez por todas: as pessoas desinteressam-me, o meu interesse nelas tem um prazo de validade muito curto. Algo como conhecer alguém, achá-lo interessante, conhecê-lo melhor e perder o interesse. Tu gostas de mim, tens lá culpa, eu não consigo gostar de ninguém, tenho lá culpa. Agora, (e de uma vez por todas!) pega naquilo que resta do teu orgulho, na mala cheia de boa sorte que preparei para ti e vai! A tua felicidade está algures por aí e mesmo não sabendo nada de nada, sei que jamais estará numa rapariga como eu. Porque eu não nasci para encontrar alguém e fazê-lo feliz, eu nasci para que me deixem ser feliz!

Boa viagem, LL.