segunda-feira, 16 de setembro de 2013

P* e vinho verde

«À minha maneira louca, eu descobri que te amei.» Mas não bastou. Não há amor que baste quando a tua loucura te fará sempre escolher... P* e vinho verde,
um dia vais perceber que a felicidade não se paga.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Não há remédio

Ali estávamos nós, tanto tempo depois, querendo remediar o irremediável. Acho que é esse o problema de todos os que um dia se amaram, achar que ainda há remédio. Não há remédio que apague os dias de sofrimento, nem tão pouco já se inventou uma qualquer poção mágica que apenas nos lembre o que é bom recordar. Mas ainda assim nós insistimos. Não podíamos desistir sem pelo menos acreditar, uma vez que fosse, que havia remédio. E se remédio para nós não houvesse, porque não uma poção mágica? Falei-te de mim e de quem tinha agora comigo. Falaste-me de ti e de quem ias tendo a teu lado. Contei-te o que não conto a mais ninguém, contaste-me o que apenas eu consigo compreender. Perguntaste-me se estava feliz e eu respondi que sim, olhaste para mim com ar desconfiado e perguntaste logo de seguida, Se estás feliz o que fazes tu aqui, tentando remediar o passado?. Eu não queria remediar o passado, queria voltar a ele. Não queria cozer o buraco que um dia fizemos, queria novamente calçar a meia sem qualquer buraco nem tão pouco remendo. Era isso que eu queria. Mas nada disse, encolhi os ombros e sussurrei baixinho, Estou aqui porque ainda não te esqueci. Não esperavas ouvi-lo e eu não esperava dizê-lo, mas disse. Disseste que devíamos dar uma outra oportunidade ao que sentíamos. Claro que quando o disseste não pensaste em quem ias tendo a teu lado aqui e ali, de quando em vez. Mas eu pensei em quem tinha comigo, em quem tinha cozido o buraco na minha meia esquecida. Então, e pela última vez, respondi firmemente, Não, o que não tem remédio, remediado está!