Este é um blog de sonhos. Os textos aqui publicados fazem parte do universo imaginário de LL. No entanto, apesar de serem criados no imaginário, quantos deles não nascem na realidade? *
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Qual de nós dois
Qual de nós dois venceu? Tu não, porque eu não fui vencida por ti, mas sim pelo orgulho. Eu também não, porque tu não foste vencido por mim, mas sim pelo cansaço. O meu orgulho não me deixou lutar por ti, o teu cansaço fez-te desistir de mim. Não é uma guerra justa. Não há guerra sem vencedor. Engraçado, acho que não travamos uma guerra um contra o outro, mas sim cada um contra si mesmo. Eu queria ter feito alguma coisa, mas o meu orgulho não deixou. Entendo também o lado dele, não se queria ferir. Tu já não conseguias fazer mais nada, o cansaço fez-te refém. E enquanto tu eras refém de um cansaço e eu não ia à luta para que o orgulho não se ferisse, a guerra que nunca chegamos a travar... terminou. E nós fizemos uma retirada estratégica. Deixaste de querer conquistar-me. Sabes o que te diria se o meu orgulho deixasse? Não precisas de lutar, toda eu ainda te pertenço. Não precisarias sequer de travar uma guerra para que de novo tudo fosse teu. É triste, é muito triste pensar assim. Por isso, talvez eu devesse agradecer ao meu orgulho nunca me ter deixado dizer-te. Afinal, todos queremos ser uma luta difícil e é sempre melhor que desistam de nós pelo cansaço do que por julgarem que quem conquista Portugal também consegue conquistar a Europa.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Um dia encontro-te e conto-te
Quando os nossos olhares se cruzam, perguntam em silêncio as coisas que jamais podem ser ditas em voz alta. Sei que um dia te vou encontrar longe da multidão, nesse dia quero perguntar-te o que é feito de ti e quero ouvir-te dizer que estiveste sempre ali. Nesse dia vou falar-te das noites em que me culpo de todos os meus erros, esquecendo-me que foste tu quem mais errou. Quero ouvir-te dizer que eu devia ter esperado por ti, para te poder responder que ainda hoje estou à tua espera.
Quando os nossos olhares se cruzam a multidão conta a nossa história. Falam eles do que não viveram... Julgando o que para eles foi mais um amor falhado. Não foi o amor quem falhou, fomos nós. Aquele não era o nosso tempo. O nosso tempo é agora.
Disse que um dia te encontro e nesse dia te conto, mas como te encontro hoje e te conto que esse dia é agora?
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